
SILHUETA DO TEMPO
Vejo sua forma, silhueta do tempo
Na curva do vento que me vem soprar
Tem mãos invisíveis, mas me toca por dentro
Com voz que me acalma sem nunca falar
Te vejo sorrindo no fundo do espelho
Com olhos fechados, mas cheios de cor
Não vem com promessas, nem leis, nem conselhos
Apenas me envolve num manto de amor
Na estrada dourada do sonho que é meu
Você vem ao meu lado, criança e farol
Enquanto eu giro, com medo ou com riso
Você é abrigo, meu véu e meu sol
Se um dia eu me perco nos vales da mente
Me chama de volta com luz e ternura
E eu sigo a voz, tão serena e presente
Meu anjo sem asas, minha luz mais pura