
NOITES PROFUNDAS
Noites profundas rasgam o céu
Silêncio grita no véu
Viajante perdido do meu passado
Traz consigo um sonho quebrado
Inverno dança em púrpuras sombras
Vagueia em mim enquanto assombra
Sombras sussurram segredos ao vento
Carne viva, corroída no tormento
Rosa opaca e negra, mágica,
Queima em seu seio trágica
Devora-me a alma despetalada
Nas tuas manhas sou condenada
Pensamento úmido cobre meu ser
Errante, sem rumo e sem porquê
Corpo marcado por véus densos
Entrelaça dor em seus versos imensos